A parábola descrita no evangelho de Mateus 25, versos 1 a 13, é uma das mais conhecidas no meio cristão e não cristão, afinal, é possível aprender e aplicar as inúmeras lições que ali aprendemos, nos mais diferenciados segmentos da sociedade, e não apenas na igreja. Aliás, para sermos mais precisos, a Palavra do Eterno Deus, a Bíblia, não é um livro exclusivo para a igreja, e sim para todo o que necessita de instrução, graça, refrigério, direcionamento para a sua vida, e, o principal, conhecer o plano de Deus para a salvação daquele que crê.
O texto nos apresenta 10 mulheres que aguardavam pelo Noivo. Cinco dentre elas foram tidas como prudentes e as outras cinco chamadas de imprudentes, ignorantes e descuidadas. Esses são os sinônimos da expressão “néscias”.
“Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes”.
Ao olharmos para a narrativa apresentada por Mateus, percebemos que todas as noivas caminhavam juntas, embora fossem diferentes em suas reações e valores, mas todas estavam juntas.
Assim, inicialmente, podemos afirmar que as oportunidades foram dadas aos dois grupos de mulheres de idêntica forma, pois tanto as prudentes, quanto as descuidadas, tiveram a oportunidade do encontro com o Noivo.
Elas estavam juntas quando a promessa do retorno do Noivo foi liberada.
Elas estavam juntas e tiveram acesso ao azeite para as lâmpadas que usavam.
Juntas no início, com as mesmas oportunidades, porém, não tiveram os mesmos resultados.
Apenas a reflexão sobre esse fato, esclarecerá tantos questionamentos que fazem sobre a razão de algumas pessoas gastarem boa parte de suas vidas “enxugando gelo”. Não lhes faltam oportunidades, mas não há resultados.
O que ocorre com essas pessoas, perguntam?
Não basta iniciarmos bem. Precisamos terminar bem!
A DINÂMICA DO CAMINHO
A maturidade nos permite revermos alguns posicionamentos e escolhas do caminho que traçamos como o “nosso caminho”. Quando isso ocorre, é possível perceber alguns atalhos ou desvio que tomamos, tentando abreviar a jornada, ou se por descuido deixamos a rota principal.
Ao olhar para essas mulheres, que estavam juntas desde o início, percebemos que a diferença entre elas surgiu no caminho, na dinâmica do “caminho”.
Elas saíram juntas para o encontro, mas como nos ensina o verso 4:
“no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas”.
Ora, de que vale uma lâmpada sem o azeite? A lâmpada só tem serventia e cumprirá o seu propósito, se for abastecida com azeite, que é o seu combustível, do contrário, servirá apenas como uma peça de decoração para uma casa.
Essas mulheres descuidadas faziam parte do mesmo grupo de pessoas que pensam assim:
🡺”se eu não fizer, alguém fará”;
🡺”se eu não levar, alguém levará a mais para repartir”;
🡺”se eu não orar, alguém orará por mim”.
Se pretendo crescer, romper limites, será preciso abandonar velhas estruturas de pensamento. Essa estrutura que citamos acima é uma delas.
É preciso assumir as rédeas da nossa história. Não posso caminhar no vácuo da fé e da diligência alheia.
Há um preço para isso, mas a recompensa é infinitamente superior ao preço pago.
É preciso assumir as rédeas da nossa história!
TENHA MUITAS RESERVAS DE AZEITE
Uma grande mudança precisa ocorrer, e diz respeito a forma como lidamos com as lâmpadas e o azeite.
Tem muita gente que prioriza e estrutura da lâmpada, e se esquece que o segredo é o azeite.
Podemos carregar uma lâmpada muito moderna, mas sem azeite, ela perderá o seu propósito.
Como essa parábola aponta para verdades futuras, portanto, escatológicas, fazemos bem em observar os detalhes que o Eterno nos presenteia.
Observe a primeira dica:
“E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram”.
O sono alcançou a todas indistintamente, tanto as prudentes, quanto as descuidadas. Dessa forma, podemos dizer com segurança que o sono foi e será uma consequência do cansaço da diligente caminhada.
Chega um momento em que o sono bate, e isso ocorre com todos. Grandes e pequenos. Experimentados na caminhada cristã ou não.
Precisamos aprender a lidar com esse aspecto da vida cristã. Nem sempre o sono ou o cansaço chega por conta de uma batalha espiritual intensa, ou depois de um período prolongado de jejum.
Há situações que exigem uma parada, um tempo de férias, de descanso. Esse tempo poderá fazer uma grande diferença na vida do povo de Deus.
Mas a última dica, igualmente importante, é encontrada no verso 06:
“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!”
À expressão “meia-noite”, fala do momento de intensas lutas e não de descanso.
Nesse momento, o azeite fará toda a diferença. O azeite é um símbolo da ação do Espírito Santo.
Precisamos Dele em medidas transbordantes.
Não é razoável negligenciarmos as oportunidades que temos ainda hoje de enchermos as nossas vasilhas de azeite. Não é razoável nos contentarmos no fato de estarmos reunidos com outras pessoas que carregam uma lâmpada.
Precisamos de AZEITE!
Com tudo o que você tem, com o melhor do seu esforço, adquira azeite, tenha reservas de azeite….muito azeite.
Quer saber qual a diferença entre pessoas que rompem com ciclos viciantes e estéreis em suas vidas e aquelas que não rompem? O AZEITE, ou melhor, a forma como lidamos com as lâmpadas e com o azeite.
Deus o abençoe poderosamente!
Pr. Rogério Brandão.
